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Entenda como é o processo para que um celular com 5G possa ser utilizado no Brasil

A chegada do 5G no dia 06/07 acelera a busca de fabricantes por aumentar a quantidade de celulares aptos a receber a internet móvel de quinta geração no país. Até agora, por aqui, cerca de 60 modelos oferecem a tecnologia, já que apenas aqueles que são homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) podem disponibilizá-la.


Inicialmente, é importante reforçar que todos os fabricantes que possuem um produto de telecomunicação, desde o 2G até o 5G, devem ter esse produto homologado pela Anatel.


Para isso, a agência de telecomunicações organiza certificadores, que são responsáveis por definir planos de ensaios baseados no tipo de produto que pretende ser homologado. Esses planos, por sua vez, são executados dentro de laboratórios como o CPQD.

Resumidamente, o processo é o seguinte:

  1. Fabricante quer homologar o produto, então ele procura uma certificadora;
  2. A certificadora cria um plano de ensaio ou um plano de teste;
  3. O fabricante faz a cotação com um laboratório para executar esses ensaios;
  4. Os ensaios são realizados pelo laboratório escolhido, e um relatório é entregue à certificadora;
  5. A certificadora irá analisar o relatório e dizer se o produto passou ou falhou nos testes;
  6. Em caso de aprovação, os dados são enviados à Anatel, que promove a homologação.

Etapa dos ensaios durante este processo serve como uma forma de validação do produto desenvolvido que vêm a fim de oferecer o 5G, respeitando as normas internacionais e o espectro radioelétrico da Anatel dentro do Brasil.

Para que haja a confirmação de que um determinado celular está compatível com a tecnologia 5G, É comum dentre as certificadores que seja feita a solicitação de quatro tipos de testes:

  • Ensaio de proteção elétrica: ensaios para garantir o funcionamento correto do equipamento em condições de choques, tensão normal e alta tensão, evitando, por exemplo, um aquecimento excessivo;
  • Ensaio de compatibilidade eletromagnética: avaliar as ondas emitidas pelo equipamento em questão e o quão imune ele é, com o propósito de analisar o grau de susceptibilidade a perturbações eletromagnéticas procedentes do meio ambiente.
  • Medição de Taxa de Absorção Específica (SAR, na sigla em ingês Specific Absorption Rate): ensaios para verificar a taxa de absorção da energia de radiofrequência pelo corpo humano;
  • Ensaios funcionais de radiofrequência: esses ensaios são voltados ao espectro radioelétrico e verificam o cumprimento de requerimentos de normas internacionais.

Aparelhos com 5G são submetidos a testes — Foto: Reprodução/EPTV

Quando Chegará em todo o país?

Brasília é a primeira capital do país a receber a quinta geração e o primeiro local em larga escala. A Anatel diz que São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa receberão a tecnologia em uma segunda etapa, mas ainda não há uma data definida.

O prazo para todas as capitais brasileiras receberem o 5G é 29 de setembro de 2022. Inicialmente, ele era até 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel estender o prazo. A previsão é de que o 5G chegará a todas as cidades no Brasil até dezembro de 2029.

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